A CPI do Cachoeira ouve hoje o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Ele disse em diversas entrevistas que está disposto a colaborar com a comissão.
Pagot assumiu o cargo de diretor-geral do Dnit em 2007 e foi afastado em 2011, após denúncias de irregularidades que forçaram também a saída do então ministro dos Transportes , Alfredo Nascimento, e abriram uma crise política entre o PR e a presidente Dilma Rousseff.
Escutas telefônicas da Polícia Federal revelaram articulações do contraventor Carlinhos Cachoeira contra Pagot, por ter contrariado interesses da construtora Delta. No dia 10 de maio de 2011, segundo gravações da PF, Cachoeira disse ao então representante da Delta no Centro-Oeste, Claudio Abreu, que “plantou” as informações contra Pagot na imprensa. “Enfiei tudo no r... do Pagot”, diz Cachoeira na gravação.
Em entrevista à revista Época , Pagot afirma: “Os dissabores que eu provoquei devem ter ocasionado uma animosidade. Fui surpreendido por ter sido afastado através de uma negociata de uma empreiteira com um contraventor. E isso serviu de base para que fosse ditado o meu afastamento. É um verdadeiro descalabro.”
Desde que o suposto esquema Cachoeira/Delta veio à tona, Pagot vem denunciando pressões que sofria para ajudar na arrecadação de campanhas eleitorais.
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