O prefeito de Petrolina Júlio Lóssio (PMDB) parece ter esquecido que não está somente em campanha: É prefeito e está no exercício de mandato.
A “invasão” que promoveu ontem na câmara mostrou o seu total desrespeito com o Poder Legislativo.
A precedência, além da boa educação, não foi observada e nenhum comunicado oficial de sua presença foi feito. Os comissionados (que deveriam estar trabalhando no horário) chegaram primeiro para fazer a “claque”, aplaudindo o chefe.
Logo depois o prefeito chegou, claro, acompanhado do seu guia eleitoral no melhor estilo midiático.
A Câmara deveria, primeiro, checar toda a documentação sobre suas dúvidas, estudar tudo e só depois chamar prefeito, secretário e quem desejasse ouvir. Como a prefeitura não manda, o prefeito foi, ele mesmo, encarar de frente, deixar o dito pelo não dito e só não o fez por que a presidente da Câmara, vereadora Maria Elena (PSB) decidiu por encerrar a sessão, já que as vaias para os vereadores e aplausos efusivos para Lóssio eram insistentes.
Na coletiva, em seguida, os vereadores informaram que entrarão com representação no Ministério Público exigindo o envio dos documentos – um outro erro da câmara, quando abre mão do seu direito e obrigação e parte para a justiça.
Ministério Público e Justiça, nesse caso, ficariam em segundo plano. A câmara tem poderes, prerrogativa e o que deveria fazer era abrir um processo administrativo contra o prefeito. O que falta é iniciativa de fazer valer a soberania da Casa e exigir respeito.
Como falta isso, poderiam começar um processo de impeachment do prefeito. Mas só se exigirem respeito.
Fonte: Carlos Britto
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