No último debate em rádio, questionamentos de Fernando Filho deixam Lóssio com nervos à flor da pele
Os candidatos a prefeito Fernando Filho
(PSB) e Júlio Lóssio (PMDB), que tenta a reeleição, protagonizaram, na
manhã de hoje (04), no último para debates permitidos pela legislação
eleitoral, uma discussão recheada por críticas e troca de farpas durante
o programa Nossa Voz, da Grande Rio AM.
Questionado sobre a impugnação de sua
candidatura, Lóssio foi o primeiro a cutucar o adversário, justificando
que a decisão foi jurídica, mas “com conotação política”,
insinuando que o autor da decisão, juiz Edilson Moura, foi um dos
convidados para o casamento de Fernando Filho, no ano passado no Recife.
O socialista rechaçou o comentário ao
justificar que convidou outras autoridades, além do magistrado, e bateu
forte no prefeito ao afirmar que a decisão deveu-se ao fato dele ter
desrespeitado a lei eleitoral, quando fez propaganda irregular fora do
período permitido. Fernando Filho citou, como exemplo, 40 placas
publicitárias que enalteciam ações da atual administração, já no período
de campanha.
“O problema é que quando a decisão
da justiça é favorável ao senhor prefeito, está correta. Mas quando é
contrária, coloca-se em suspeição”, afirmou o socialista.
Nervos à flor da pele
Lóssio também não gostou quando o
adversário o questionou sobre como fez para investir R$ 12 milhões no
São João oficial da cidade este ano, se nem a Caixa Econômica e o
Ministério do Turismo colaboraram com a festa – como havia justificado. O
prefeito tentou justificar, mas acabou estourando o tempo ao mudar o
foco e atribuir que uma emenda destinada pelo deputado federal Carlos
Eduardo Cadoca (PSC) para a festa foi anulada devido a denúncias, no
Governo Eduardo Campos, da falta de pagamento a artistas em eventos
promovidos pelo estado.
Com os nervos à flor da pele, Lóssio chegou a ironizar o socialista ao dizer que era “uma novidade” saber que Fernando Filho também era produtor rural. “Alguém sabe onde é a roça de Fernandinho?”,
perguntou. Mostrando-se sereno, o socialista disse não ser segredo para
ninguém que tem negócios nessa área, juntamente com familiares. Mas
ressaltou que quando decidiu seguir pela vida pública, teve de deixar de
lado para se dedicar apenas à política. “Se você não faz isso, acaba não rendendo nas duas coisas”, justificou. Em seguida, também ironizou ao pedir calma ao prefeito. “Isso é apenas um debate. Não há motivos para o senhor ficar tão nervoso”, disparou. (Foto: Assessoria coligação)
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