Ocupação desordenada expõe riscos às margens da PE-60

Casas são construídas às margens da PE-60 e expõe riscos / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem



Está cada vez mais difícil e perigoso trafegar em uma das rodovias mais importantes de Pernambuco. A PE-60, acesso para Suape e municípios como o Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, tão conhecidos por suas praias, necessita de projetos urgentes de estruturação e duplicação. Em Ipojuca, a situação é mais grave. A cidade está engolindo a pista e colocando em risco a vida de centenas de pessoas que moram ou trabalham às margens da estrada. O acostamento, em alguns pontos, simplesmente sumiu ou foi ocupado por restaurantes, oficinas e casas. Muita gente já foi testemunha de vários acidentes.

Na entrada de Ipojuca as reclamações são, principalmente, do excesso de velocidade dos veículos. Mesmo com a existência de lombadas eletrônicas, motoristas ignoram a circulação intensa de pessoas naquele trecho. O transporte alternativo, feito principalmente por vans e kombis, usa o que resta do acostamento para embarque e desembarque de passageiros, dividindo espaço com construções feitas quase no leito da estrada.

Dona Damiani Alves reside há 11 anos numa casa às margens da PE-60 e convive, diariamente, com o medo. A casa, construída no bairro de Rurópolis, fica num barranco e a sensação é de que, a qualquer momento, um carro vai sair da estrada e cair em cima de quem mora ali. “Vivemos com medo, mas o que podemos fazer?”, pergunta. “Uma vez um carro perdeu o controle e despencou aqui. Fomos salvos por uma árvore”.

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