O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, propôs mudanças na legislação penal para punir quem espalha
boatos pela internet que prejudiquem a aplicação do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem). Em entrevista coletiva para divulgar o balanço da
edição deste ano, na noite deste domingo (4), Mercadante sugeriu que
esse tipo de atitude pudesse ser classificado como fraude em concurso
público. O primeiro dia de provas, sábado, foi marcado pela falsa
notícia de cancelamento do exame, espalhada pelo Twitter. A Polícia
Federal já identificou que a primeira mensagem partiu de Campinas (SP) e
continua a investigar o caso.
“Precisamos aprimorar a legislação para
tipificar, por exemplo, a fraude em concurso público. Há a possibilidade
de enquadramento (dos responsáveis pelo boato). O Enem é uma
oportunidade única para milhares de brasileiros, que não pode ser
fragilizada pela irresponsabilidade de quem quer que seja”, frisou o
ministro, que criticou também os candidatos que tiraram fotografias de
dentro das salas onde se submeteriam ao teste e publicaram-nas na
internet. “Agem como pichadores eletrônicos”, endureceu. O MEC eliminou
65 pessoas por esse motivo nos dois dias, 37 deles no sábado e 28, neste
domingo.
O Enem 2012 chegou ao fim com abstenção
de 29,7% dos candidatos. Dos 5.791.290 inscritos, 4.175.000 se
submeteram às provas por todo o País. O MEC não divulgou a abstenção em
Pernambuco, onde cerca de 281 mil pessoas se inscreveram para a edição
deste ano. Os gabaritos serão divulgados somente nesta quarta-feira.
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