Assassinos de crianças dividem cela isolada na PCE para não serem linchados

Dois assassinos confessos que já foram indiciados cada um por duplo homicídio qualificado, crimes praticados em novembro em Cuiabá causando grande comoção socialdevido o fato de uma de 2 das 4 vítimas terem sido crianças mortas de forma cruel, estão dividindo a mesma cela na Penitenciária Central do Estado (PCE). O ex-soldado do Exército Jeanderson Xavier Rangel, 24, matou o filho Emilton Jorge Filho, 3, e a mãe do garoto, Ariely Lopes, 23, a tiros de pistola no dia 1º de novembro. Já o técnico em informática Carlos Henrique Costa de Carvalho,25, matou a ex-sogra Admárcia Mônica da Silva Alves, 44, e o ex-enteado Ryan Alves Camargo, 4, ela a facadas e a criança afogada no Rio Cuiabá no dia 11 deste mês.
Os 2 estão em uma cela separada em companhia de outros 2 presos que também cumprem pena por crimes hediondos, entre eles, estupro praticado contra crianças e mulheres. Os 4 estão separados dos demais presos para preservar a integridade física deles, uma vez que os crimes cometidos por eles causam comoção social entre a população e também entre outros presidiários que não aceitam conviver com criminosos que fazem mal à crianças. Na maioria dos casos, quando isso acontece, eles são espancados, estuprados e até mortos quando chegam aos presídios. Por isso, existe a determinação, tanto por parte do Judiciário quanto dos gestores do sistema prisional em separá-los em celas isoladas.
A informação foi confirmada por fontes seguras ligadas ao sistema prisional de Mato Grosso e consequentemente à Penitenciária Cetral de Estado. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejuh) foi procurada, por meio da assessoria de imprensa, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem do Gazeta Digital, ou seja, não confirmou e nem negou.
A fonte que confirmou a informação, enfatizou que crimes cometidos com requintes de crueldade, principalmente contra crianças, além da enorme comoção social, gera uma cobrança urgente por Justiça e punição aos acusados. Tanto familiares das vítimas quanto amigos e pessoas que acompanham o caso, se unem em prol do mesmo sentimento, a luta contra a impunidade e divulgação do caso para um maior número de pessoas. Elas formam uma corrente de solidariedade e acabam influenciando a opinião pública e, dessa forma, os gestores precisam resguardar a integridade física dos assassinos.
Jeanderson Xavier Rangel está preso desde o dia 5 de novembro quando se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confessando o duplo homicídio do filho e da ex-namorada no dia seguinte. Desde então ele foi encaminhado para a PCE e teve o mandado de prisão preventiva expedido. O crime foi praticado no dia 1º de novembro no bairro Serra Dourada. As vítimas eram filha e neto do Hemilton Jorge da Silva que atua no programa Rede Cidadã.
Já o técnico de informática Carlos Henrique Costa de Carvalho,25, matou a ex-sogra Admárcia Mônica da Silva Alves e o neto dela Ryan Alves Camargo, 4, na manhã do último domingo (11). A professora foi morta a facadas e depois o assassino ateou fogo em seu corpo dentro de casa na Rua São Cristóvão, no bairro Dom Aquino. O menino Ryan presenciou a morte da avó, motivo pelo qual o acusado o levou até a ponte Júlio Müller e jogou o menino dentro do Rio Cuiabá, onde morreu afogado.

Comentários