Companheiros há mais de 20 anos, o casal Givanildo Alves Lima e Graça Léa de Souza resolveram oficializar a união há quase três meses, depois que ele sofreu um traumatismo raquimedular cervical e ficou tetraplégico. “A ideia veio dele. Ele sempre sonhou em casar no cartório, de papel passado, mas eu nunca quis. Agora, depois que tudo isso aconteceu, nós resolvemos realizar esse desejo dele, que ficou muito feliz”, explicou a noiva.
Procuradora do pai no cartório, a filha do casal, Larissa Emanuelle de Souza, foi quem cuidou de todos os procedimentos para que a cerimônia acontecesse e fosse válida perante a justiça. “Deu muito trabalho, mas, como o meu pai estava consciente, falando, ele pode manifestar o seu desejo a um representante do cartório que veio ao hospital e eu me tornei sua procuradora. Fui eu quem assinou os papéis do casamento por ele. Toda essa ideia do casamento foi pensada pra deixar ele feliz. Por amor a gente faz tudo”, destaca.
“Nós autorizamos que o casamento fosse feito na UTI porque vimos que este era um desejo importante tanto do paciente quanto da sua família. Como esse é um paciente que está vivenciando um estado de dor total (física e psicológica), nós quisemos proporcionar esse momento de conforto a ele. Todas as medidas de prevenção à infecção e todos os cuidados com a integridade física do paciente e com a dinâmica da UTI foram tomadas”, conclui a coordenadora da UTI do HRJ, Kátia Regina de Oliveira.
Comentários
Postar um comentário
Forneça seu Nome (Obrigatório) e os comentarios que tiverem ofensas,serão deletados