O Congresso decide na
semana que vem se mantém ou derruba o veto da presidente Dilma sobre a
distribuição dos royalties do petróleo. Nesta quarta-feira (12), deputados e
senadores aprovaram o regime de urgência para a votação em uma sessão
tumultuada.
Com plenário cheio e
muita gritaria, deputados e senadores de estados produtores de petróleo, como
Rio de Janeiro e Espírito Santo, estavam exaltados. Trabalhavam contra a
votação que, segundo eles, estava em desacordo com o regimento.
Mesmo assim, 348
deputados e 61 senadores aprovaram o pedido de urgência para analisar os vetos
da presidente Dilma Rousseff sobre os royalties. A presidente vetou a parte do
projeto que prevê uma nova distribuição dos royalties dos contratos que já
estão em vigor para todos os estados e o Distrito Federal.
Com o veto, os estados e
municípios produtores continuariam recebendo uma fatia maior das compensações
pagas pelas empresas pela exploração do petróleo. A parte do projeto que trata
dos futuros contratos de partilha para exploração do pré-sal não foi vetada.
Nesse caso, a lei diminui a fatia dos produtores e aumenta a dos demais estados
e municípios.
Segundo parlamentares da
base do governo, a votação desta quarta-feira (12) traz uma mensagem clara:
faltou diálogo entre governo e Congresso para costurar uma lei que contemplasse
os interesses de estados produtores e não produtores de petróleo.
A sessão secreta está
prevista para a próxima terça-feira e promete mobilizar grande parte dos
parlamentares na última semana de trabalho.
“Seguramente nós vamos
garantir quórum com a mesma demonstração que foi dada hoje, porque esse é um
sentimento da grande maioria da representação dos estados federados do Brasil”,
diz o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).
“Nós vamos levar também
essa questão ao Supremo. Essa questão não será decidida rapidamente e vai
prejudicar ainda mais os estados não produtores que, pelo visto, tem muita
pressa de ter acesso ao dinheiro dos royalties, mas estão escolhendo a pior
estratégia, já que essa é pior para todos”, afirma o deputado Alessandro Molon
(PT-RJ).
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