Líderes da oposição foram à Procuradoria-Geral da
República pedir abertura de investigação sobre as declarações de Marcos
Valério. “É fundamental que os esclarecimentos sejam oferecidos e cabe ao
Ministério Público a investigação judiciária para uma eventual
responsabilização civil e criminal”, afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Nesta quarta-feira (12), o jornal O Estado de S. Paulo
trouxe novos trechos do depoimento do operador do mensalão ao Ministério
Público. Valério acusou ex-dirigentes do Banco do Brasil de instituírem uma
espécie de pedágio cobrado das agências de publicidade que prestavam serviço ao
banco. Segundo ele, 2% de todos os contratos iam para o PT.
Segundo Valério, o esquema de desvio de dinheiro público
teria sido elaborado por Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do banco,
condenado no julgamento do mensalão, e por Ivan Guimarães, ex-presidente do
Banco Popular do Brasil.
O advogado de Henrique Pizzolato negou, e disse que o
ex-diretor do Banco do Brasil recebeu as notícias com muita indignação.
Em nota, o Banco do Brasil afirma que prestou todas as
informações às autoridades competentes para a investigação dos fatos e que as
agências de publicidade que atendem ao banco são contratadas por licitação.
No Palácio do Planalto, esforços estão voltados para a
defesa do ex-presidente, também citado no depoimento de Valério. Segundo o
jornal, o operador do mensalão afirmou que Lula teria dado OK aos empréstimos
fraudulentos do BMG e do Banco Rural para o PT em uma reunião no Palácio.
Nesta quarta-feira, o secretário-geral da Presidência
negou que essa reunião tenha acontecido. “Eu fui chefe de gabinete do
presidente Lula durante oito anos, eu sei quem entrou e quem deixou de entrar
naquele gabinete. Esse senhor nunca pisou aquele gabinete”, disse Gilberto
Carvalho.
O PT afirmou que as declarações de Marcos Valério são
mentirosas. O ex-presidente do Banco Popular, Ivan Guimarães, não foi
encontrado pra comentar as denúncias
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