A
polícia paranaense prendeu pela acusação de homicídio a médica responsável
pelas UTIs de um dos maiores hospitais do estado. Testemunhas dizem que a
médica acelerava a morte de pacientes graves, desligando equipamentos e
aplicando drogas.
"Eu escrevi o seguinte: eu preciso sair daqui, pois
tentaram hoje me matar. Desligando os aparelhos toda noite. Por isso que tenho
que sair". O bilhete foi escrito por uma paciente dentro da UTI do
Hospital Evangélico, o segundo maior de Curitiba. Ela conta que, quando estava
internada, ouviu a chefe da UTI dar uma ordem para desligar o respirador.
“Daí ela desligou tudo lá, me deixou com
algumas coisas só. Só que daí ela visitou os outros leitos da UTI e saiu. Só
que daí uma enfermeira viu que eu tava agoniando, ela veio e ligou de novo, né?
Ela pegou e ligou os aparelhos de novo”, diz a ex-paciente.
“Ela falou assim, que era para desligar para ver se eu
aguentasse sobreviver. Se eu não conseguisse, eu não tinha chance. Isso eu ouvi
da boca dela. Só que daí uma enfermeira viu que eu estava agonizando. Ela veio
e ligou de novo”, explica a ex-paciente.
A filha que recebeu a mensagem não acreditava na
história, até saber da prisão da médica esta semana, por denúncias que repetiam
o que aparecia no bilhete. “Falei ‘nossa, quer dizer que então, aquele dia que
ela tinha escrito o bilhete, era verdade’. Graças a Deus que não foi ela uma
das vítimas, pessoas que morreram”, afirma.
A médica Virgínia Helena Soares de Souza, que era chefe
de uma das UTIs do Evangélico, foi presa na terça-feira (19), acusada de
homicídio qualificado por
abreviar a vida de pacientes.
Médicos e enfermeiros que trabalhavam com Virgínia Helena
na UTI foram afastados. A polícia já ouviu mais de 30 testemunhas entre
parentes de pacientes e funcionários do hospital.
[F] Portal X9 Noticias
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