Morre a 241ª vítima da tragédia em Santa Maria



Cerca de 100 estudantes de vários cursos da UFSM participam de uma caminhada em homenagem às vítimas da boate Kiss 

Mais uma vítima do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, morreu na manhã desta quinta-feira em Porto Alegre, elevando para 241 o total de mortos na tragédia. 

Driele Pedroso Lucas, de 23 anos, era a última paciente internada em estado grave e que contava com o auxílio de ventilação mecânica para respirar. Ela estava internada no Hospital Mãe de Deus desde o dia 27 de janeiro. Outros quinze sobreviventes permanecem internados em hospitais do Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Saúde. A irmã de Driele, Ritiele Pedroso Lucas, de 19 anos, caloura do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), é uma das pacientes ainda internadas. Ela segue no mesmo hospital em que sua irmã estava internada e seu estado é estável. 
 

No sábado, outra vítima do incêndio, Pedro Falcão Pinheiro, de 25 anos, morreu em Porto Alegre

Cadastro - O Ministério da Saúde começou na segunda-feira a cadastrar sobreviventes da tragédia de Santa Maria. O objetivo é realizar um acompanhamento das pessoas que tiveram contato com os gases tóxicos produzidos pelo incêndio da boate e que venham a necessitar de apoio médico ou psicossocial. O cadastro pode ser feito no site do ministério ou por meio do telefone da ouvidoria do SUS (136). Segundo o ministério, até mesmo parentes das vítimas podem se inscrever caso necessitem de atendimento psicológico. Até a tarde de quarta-feira, 183 pessoas, a maioria de Santa Maria, haviam se inscrito.

As informações recebidas pelo Ministério da Saúde serão encaminhadas para a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, que deve entrar em contato com os cadastrados para realizar agendamento de consultas médicas. A maioria delas deve ser concentrada no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). 

Incêndio - A tragédia da boate Kiss ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. O fogo começou após um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na casa, utilizar um sinalizador durante um show. A faísca atingiu a espuma que revestia o teto para o isolamento acústico do local, que entrou em combustão e passou a produzir uma fumaça tóxica. A Polícia Civil gaúcha já apurou que o sinalizador utilizado era inadequado para ambientes internos e a espuma era altamente inflamável. O fogo e a fumaça provocaram 234 mortes no local, a maioria por asfixia – outras sete pessoas morreram enquanto estavam internadas em hospitais. 





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