Prestes a se candidatar à Presidência da República em
2014 pelo PSDB, o senador mineiro Aécio Neves prepara um projeto para acabar
com a possibilidade de reeleição presidencial, de governadores e prefeitos e
ampliar de quatro para cinco anos os mandatos de todos os novos eleitos. Se sua
ideia for aprovada, a regra passe a valer já para os vencedores do pleito de
2014. A reeleição de Dilma Rousseff (PT) não entraria a tempo na nova regra.
Segundo o Estadão, Aécio considera os quatro anos
previstos na legislação vigente são insuficientes para uma gestão minimamente
eficiente de um País ou Estado. A reeleição, por sua vez, condiciona a segunda
metade do mandato à campanha eleitoral, submetendo o governo e, por extensão, a
população, a uma gestão distanciada dos reais interesses do País. Ele chama de
soluções bienais a falta de coincidência das eleições que considera nefasta
para a administração pública. Com frequência, classifica de "loucura"
eleições de dois em dois anos.
O senador mineiro está ciente da dificuldade de emplacar
um projeto desses no Congresso, mas considera que a proposta lhe dá vantagem na
campanha de 2014. Ele pode passar a ideia do desapego, já que a regra se
aplicaria a ele próprio, e da nova fase do PSDB. O então presidente do Brasil
Fernando Henrique Cardoso, hoje defensor da candidatura de Aécio, aprovou uma
emenda para viabilizar sua reeleição em 1997.
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