Alunos da Escola Municipal Luiza de Castro, assistem aulas em baixo de arvore e as cadeiras são as calçadas
Mesmo pequenas, as crianças do bairro João de Deus, na
Zona Oeste de Petrolina, já lidam com problemas de gente grande. Para estudar,
os pequenos enfrentam uma verdadeira maratona que vai desde a distância das
unidades de ensino até a falta de estrutura das escolas. De acordo com a Usina
Cultural, uma espécie de associação de moradores, estudar na comunidade é um
desafio diário. E para poucos.
Os problemas envolvem as duas escolas municipais do
bairro. Na Escola João de Deus, não há infraestrutura para atender os alunos da
unidade. Segundo informações do presidente da Usina, Francisco Gonçalves
Nascimento, não existe biblioteca, cantina, quadra de esportes, e nem sequer
banheiros adequados para as mil crianças que estudam no local.
Já na Escola municipal Professora Luiza de Castro
(fotos), uma reforma foi iniciada na quarta-feira (17) da semana passada. Isso
seria bom se as obras não fossem feitas em pleno ano letivo e se houvesse um
espaço adequado para que todos os alunos estudassem. Das 1200 crianças
matriculadas no colégio, 666 se espremem em salas pequenas, sem cadeiras e
ventilação, e 540 foram transferidas para o Cosme e Damião – bairro vizinho –
estudar em um prédio alugado pela prefeitura.
A previsão é de que a obra seja concluída em até 90 dias.
Para compensar a falta de estrutura e a grande quantidade de alunos, foi criado
o turno intermediário. “A
existência do turno intermediário fere a Lei de Diretrizes e Bases (LDB). O
horário não é permitido por ser cansativo e inadequado para professores e
estudantes”, explica Francisco Gonçalves.
Segundo o líder comunitário, algumas turmas da Escola
Luiza de Castro ainda são obrigadas a assistir às aulas embaixo das árvores. “O batente da calçada serve como banco
e o professor não dispõe de recursos para dar sua aula”, reclama.
[F] Blog Carlos Brittto
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