As queimaduras representam um sério problema de saúde,
mas normalmente só são lembradas no período de festejos juninos. Durante todo
ano, internações e mortes provocadas por descuidos no manuseio de produtos
químicos, contato com líquidos superaquecidos e chamas, além de choques
elétricos acontecem com frequência. O Hospital Regional de Juazeiro
é referência no tratamento de queimados na Região do Vale do São
Francisco e somente em 2012 internou 97 pacientes neste setor. Em
2013 já são 47 vitimas internadas no HRJ.
Segundo o coordenador da Clínica de Queimados do HRJ,
Hermes Willer, apesar de ocorrer um aumento de vítimas no período das festas
juninas, a taxa de ocupação dos leitos da Clínica de Queimados é constante
durante todo ano. Ainda de acordo com o cirurgião, as crianças normalmente são
mais expostas aos riscos. “As queimaduras em crianças representam 50% dos
casos, e em sua maioria, os acidentes acontecem em ambiente doméstico. No ano
passado 36% dos pacientes, entre adultos e crianças, atendidos no HRJ foram
vítimas de escaldadura (líquidos quentes) e 32% por chamas. Já as vítimas de
choques elétricos totalizam 15% dos pacientes atendidos aqui”, explicou.
Dr. Hermes explica que é comum as pessoas banalizarem as
queimaduras agravando o quadro dos ferimentos. “Toda queimadura deve ser
avaliada pelo médico. Alguns casos mais graves necessitam de cirurgia plástica
reparadora. Além da própria queimadura, o acidente pode trazer seqüelas
cicatriciais para o resta da vida, amputação de membros e levar até a morte”.
A avaliação do paciente também é importante, explica Hermes. “As pessoas
se preocupam apenas com as feridas e esquecem as condições clínicas do
paciente. A hidratação, as condições das via respiratórias e possibilidade de
doenças ou traumas associados também dever ser investigados
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