O Governador de Pernambuco Eduardo Campos afirma que: aprovação de projeto que limita novos partidos é 'manobra antidemocrática
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), classificou
nesta quinta-feira, 18, como "manobra antidemocrática" a aprovação
pela Câmara do projeto de lei que limita o acesso de novos partidos ao Fundo
Partidário e ao tempo de propaganda na TV e no rádio, na noite dessa quarta,
17.
"Não podemos ser favoráveis a uma manobra
antidemocrática como esta, que limite espaço de expressão de uma corrente de
opinião legitimamente reunida em torno da liderança da ex-senadora e
ex-ministra Marina Silva", afirmou Campos, provável candidato à
Presidência da República em 2014.
A aprovação do texto, que seguirá para votação no Senado,
é considerada como fator complicador para a candidatura de Marina, que busca a
formação de seu partido, o Rede Sustentabilidade. O projeto de lei dificultaria
também as pretensões de Campos, pois quem mudar de legenda não poderá levar o
tempo de TV. O texto foi aprovado por 240 votos contra 30 e contou com o apoio
do Planalto.
"É um casuísmo lamentável, contra o qual o PSB, como
partido, se posiciona firmemente", reiterou, ao lembrar que a legenda
ajudou a viabilizar o PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, em 2011.
"Agora, até por coerência, não podemos ser favoráveis a uma manobra deste
tipo."
Campos evitou falar sobre a atuação do governo federal
pela aprovação do texto e sobre possíveis dificuldades que a aprovação do
projeto venha a trazer aos planos eleitorais do PSB. "Sei que o pessoal da
base do governo fez isso, o que é um casuísmo lamentável", reiterou.
O governador saudou a criação da Mobilização Democrática
(MD), resultado da fusão do PPS e do PMN, oficializada nessa quarta, mas também
não comentou sobre a possibilidade de a nova sigla apoiá-lo numa possível
disputa presidencial.
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