Principal
opositor a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, o líder do PMDB na Câmara,
Eduardo Cunha (RJ), já admite que não deve obstruir novamente a aprovação do
novo marco regulatório do setor portuário elaborado pelo governo federal. Ele
conduziu a base com mãos de ferro ontem, retirando quórum da sessão convocada
pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para aprovar a MP. A
articulação levou Cunha ao gabinete do vice-presidente Michel Temer, escalado
para negociar um acordo. “O importante é que o governo começou a conversar.
Alguma hora vai ter consenso e vamos votar”, disse Cunha ao iG , nesta manhã.
A posição
concitadora ocorre após reunião com Temer, na qual governo e Cunha tentaram um
acordo para evitar que a MP dos Portos perdesse validade, diante da aproximação
do prazo de votação, na próxima quinta-feira (16).
O
deputado deve apresentar uma nova emenda aglutinava, compilando propostas de
outros parlamentares para complementar a medida provisória. "Tudo será
complicado", disse.
Cunha
se reúne neste momento com os 82 deputados que compõem a bancada peemedebista.
O encontro ocorre a portas fechadas - até assessores estão proibidos de entrar
na sala onde acontece a reunião.
Apesar
de sinalizar ao Planalto com uma postura mais conciliadora, Cunha mantém o tom
de crítica em relação ao governo. "Isso aqui (Câmara) não é cartório para
apenas bater carimbo em projeto pronto", afirma.
[F]Ig
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