O
Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu) de Petrolina poderá sofrer nova
interdição ética pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). A
informação é do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), que realizará
mais uma Assembleia Geral na próxima quarta-feira (08) às 19h, no auditório da
Univasf, para avaliação e deliberação do movimento.
"Depois da fiscalização realizada em 05 de Abril o COnselho enviou um documento à Secretaria de Saúde, solicitando uma solução urgente para os problemas. Caso não seja resolvido, o Samu corre risco de sofrer nova interdição ética o que vai prejudicar os médicos e, sobretudo, à população", informou um dos diretores do Simepe, Silvio Rodrigues. Ele e o tambem diretor Tadeu Calheiros participaram da Assembleia realizada na última quinta-feira (25) durante a qual os médicos do Samu e Hospital de Urgencias de Traumas.
(HUT) de Petrolina decidiram intensificar a
mobilização e cobrar dos gestores públicos melhores condições de trabalho,
reajuste salarial e concurso público.
O
delegado regional do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe),
Antônio Leite também esteve presente à reunião e apresentou o relatório de
fiscalização no Samu.
Silvio
Rodrigues lembrou que o Samu já foi interditado pelo Cremepe em 2012, segundo a
resolução nº11/2012, em decorrência da insuficiência de médicos reguladores, e
médicos plantonistas, expondo os pacientes a risco. Um acordo foi firmado com a
Prefeitura de Petrolina, porém, segundo o sindicato, nada mudou. “A falta de
comunicação entre os profissionais, a estrutura local precária e a falta de
equipamentos, materiais são alguns dos problemas enfrentados pelos colegas que
trabalha no serviço. Não há uma área adequada para o descanso dos médicos e as
ambulâncias sequer possuem ar condicionado expondo os profissionais a altas
temperaturas”, ressaltou.
O
salário dos médicos que trabalham no Samu, em Petrolina, é considerado o pior
do Estado, afirma o sindicato. De acordo com o diretor jurídico do Simepe,
Tadeu Calheiros, os baixos salários que a cidade oferece fazem com que os
profissionais não tenham mais interesse em trabalhar no Traumas ou no Samu.
Essa questão fica mais evidente ainda no serviço móvel, já que não há mais
escalas fixas devido a falta de médicos. Enquanto em Juazeiro um médico recebe
entre R$ 8 mil e 10 mil, em Petrolina o salário é de apenas R$ 6 mil. Por sua
vez, os médicos residentes de Clinica Médica, Cirurgia Geral e Ortopedia do
HUT, informaram que estão sendo prejudicados na formação devido a falta de
exames e materiais básicos na unidade, informa o sindicato.
O
Simepe informou que encaminhará denúncia aos Ministérios Público do Trabalho
(MPT), Federal e Estadual, sobre a precariedade dos vínculos de trabalho existentes
nas duas unidades de saúde. As informações são da assessoria de imprensa do
sindicato.
[F]
Divulgação/Simepe
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