Em
resposta às manifestações das últimas semanas, o Senado aprovou vários
projetos. Entre eles, o que exige ficha limpa para todos os servidores
públicos.
E
ainda a retirada do projeto que estava sendo chamadod e 'cura gay'. O Conselho
Federal de Medicina considerou esse projeto um absurdo, porque prevê que
psicólogos tratassem pacientes para não serem mais homossexuais.
O
Congresso tem cumprido o que se chama em Brasília de Agenda Positiva. O Senado
também aprovou projetos que podem ter impacto na destinação dos recursos
públicos.
Daqui
para frente, funcionário público vai ter que ser "ficha limpa". A
regra vale para concursados e pessoas que ocupam cargos de confiança, dos três
poderes, tanto na União quanto estados e municípios. Mesma exigência para quem
disputa um mandato: não pode, por exemplo, ser condenado em crimes contra a
administração pública, eleitorais e hediondos.
Segundo
o relator, a medida não vai retroagir.
“Todos
os brasileiros agentes públicos, comissionados ou concursados, que se
enquadrado na lei da ficha limpa, daqui para frente após a promulgação, ele
obviamente será penalizado”, declara o senador Eunício Oliveira (PMDBCE).
A
proposta de emenda à Constituição segue para a Câmara, que também vai receber o
projeto da distribuição dos royalties do petróleo, já que os senadores
modificaram o texto aprovado pelos deputados.
Não
foram só os estudantes que acompanharam a votação. O ministro da Educação,
Aloízio Mercadante, ficou no plenário até o fim.
Pelo
texto, 75% dos royalties do petróleo vão para a educação, e 25%, para a saúde.
As duas áreas também vão receber parte dos rendimentos do fundo social. E a
educação vai ficar ainda com 50% dos royalties da união sobre o pré-sal.
“Se
aprovado pela Câmara e não judicializado, a partir do ano que vem já teremos
por volta de R$ 4 bilhões a mais para educação”, diz o senador Eduardo Braga
(PMDB-AM), líder do governo.
Na
Câmara dos Deputados, mais respostas às reivindicações das ruas. Os
parlamentares acabam de arquivar o projeto conhecido como "cura gay".
Se o texto fosse mantido e aprovado, a homossexualidade seria tratada como
doença e os psicólogos poderiam usar terapias alternativas para mudar a orientação
sexual dos pacientes.
O
projeto já tinha sido aprovado pela Comissão de Direitos Humanos, presidida
pelo deputado Marco Feliciano, do PSC. A expectativa era que o texto fosse
derrubado nessa terça (02) no plenário. Mas o autor se antecipou e apresentou
um requerimento para retirar o projeto da pauta.
“O
meu partido, o PSDB,
manifestou uma posição contrária ao projeto. Ora, isso inviabilizou a aprovação
do projeto aqui. Na medida em que inviabilizou não havia porque mantê-lo”,
declara o deputado João Campos (PSDB-GO).
A
lista de votações continua. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou
um projeto que prevê desonerações de impostos para reduzirem até 15% o preço
das passagens. A conta ficaria com o Governo Federal. A proposta ainda tem
que ser votada na Câmara.
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