Batalhão de Choque na Câmara do Recife após ocupação por manifestantes

 / Foto: Clemilson Campos/JC Imagem

O Batalhão de Choque foi enviado na noite desta quinta-feira à Câmara de Vereadores do Recife, ocupada por cerca de 70 manifestantes que permaneceram no auditório da casa após a realização de uma audiência pública sobre transporte público.

Os manifestantes formalizaram um pedido de abertura de CPI. Informaram que só deixarão o local voluntariamente caso consigam as 13 assinaturas de vereadores necessárias para que se marque uma data para votação do pleito na Câmara.

Integrantes de entidades estudantis, sindicatos e movimentos em favor do passe livre estão no auditório sem acesso aos banheiros, com a água cortada e sem comida. A polícia não está permitindo a entrada de mais ninguém no local.

Um comandante da Polícia Militar e os vereadores Raul Jungmann (PPS) e Osmar Ricardo (PT) negociam com os manifestantes para tentar a desocupação pacífica do local.


Do lado de fora da Câmara, na Rua Princesa Isabel, um outro grupo de manifestantes segue com interdição da via. Há oito viaturas do 16º Batalhão de Polícia Militar no local.
Legenda
Mais cedo, os manifestantes se reuniram para definir o discurso durante a audiência pública com os vereadores do Recife e realizaram uma série de bloqueios em vias importantes do Centro da cidade.

Um grupo realizou barreira para impedir o trânsito na Rua Princesa Isabel, na frente da própria Câmara. Outro fechou a Rua do Hospício.

Nos dois locais, eles atearam fogo em lixo, pedaços de papelão e outros objetos. O Corpo de Bombeiros e a polícia foram acionados para liberar o fluxo.

Um outro protesto realizado na Avenida Herculano Bandeira, na entrada do Pina, por moradores de uma comunidade do local, ajudou a aumentar o nó no trânsito da cidade.

Muita gente desceu dos ônibus que fazem percurso pelo Centro e caminharam grandes distâncias para tomar um ônibus em outra área da capital.


Os motoristas também sofreram mais do que o normal na volta para casa, aguardando horas em engarrafamento até que a situação fosse normalizada.

[f]JC


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