Representantes do
Governo Federal entregaram ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do
Sul a documentação de médicos formados no exterior nesta quinta-feira (29)
Após obter decisões favoráveis da Justiça, o
Ministério da Saúde deu início, nesta quinta-feira (29), ao processo de emissão
dos registros profissionais provisórios para os médicos formados no exterior
que vão atuar no Programa Mais Médicos. Representantes do Ministério da Saúde e
da Advocacia-Geral da União (AGU) estiveram na sede do Conselho Regional de
Medicina do Rio Grande do Sul (CRM-RS), onde protocolaram oito pedidos de
profissionais que trabalharão no Estado. A ação será realizada em todos os
estados e no Distrito Federal a partir desta sexta-feira (30).
Os registros profissionais provisórios são
emitidos pelos CRMs de cada estado, que têm 15 dias para liberar o documento,
após a data de entrega da documentação completa dos médicos formados no
exterior. Esses profissionais receberão registros para atuação restrita ao
Programa Mais Médicos, cujas atividades concentram-se exclusivamente na atenção
básica.
“A MP que cria o Mais Médicos prevê a emissão
de registro provisório aos profissionais inscritos no programa. Com o registro,
os médicos poderão atender a população por meio do programa e terão sua atuação
restrita as regiões carentes onde faltam médicos/, explica o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
A Medida Provisória é que estabelece a
obrigatoriedade da emissão desse registro, cumprindo os requisitos
estabelecidos no programa Mais Médicos. É um registro exclusivo para exercer
medicina nesse programa. Esse médico só vai poder exercer medicina nessas
regiões para onde ele foi selecionado”, explicou o ministro da Saúde ,
Alexandre Padilha.
ESTRANGEIROS – Ao todo, 682 médicos formados no exterior
participam, desde segunda-feira (26), do módulo de avaliação e acolhimento do
programa que acontece simultaneamente em oito capitais brasileiras por um
período de três semanas. A aprovação nesta etapa é condição para que esses
profissionais recebam o registro profissional provisório e comecem a atuar nos
municípios no dia 16 de setembro.
Do total de profissionais formados no
exterior, 282 foram selecionados pelo edital programa, sendo 116 brasileiros
graduados em outros países. A maior parte dos estrangeiros é da Espanha (31),
seguido dos argentinos (29), portugueses (17) e uruguaios (16). Também estão no
grupo em avaliação, 400 médicos cubanos que vieram ao país para participar do
Mais Médicos por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas).
AVALIAÇÃO – Com duração de 120 horas, os médicos terão aulas
expositivas sobre legislação, funcionamento e atribuições do Sistema Único de
Saúde (SUS) com enfoque especial na atenção básica, doenças prevalentes e
aspectos éticos e legais da prática médica. Haverá também avaliações para
testar os conhecimentos linguísticos e de comunicação na prática médica no
Brasil. Os que vão atuar em áreas indígenas (DSEI) terão, além do módulo de
acolhimento, aulas complementares específicas sobre saúde indígena.
Os materiais utilizados nessas atividades foram
elaborados por uma comissão formada por professores de universidades federais
inscritas no programa, Escolas de Saúde Pública e Programas de Residência, sob
orientação do Ministério da Educação (MEC).
As prefeituras que receberão esses
profissionais serão responsáveis pela alimentação e moradia dos médicos durante
todo o período do programa. Todos os profissionais serão supervisionados por
uma instituição de ensino e também pelas secretarias estaduais e municipais de
saúde.
As prefeituras que receberão esses
profissionais serão responsáveis pela alimentação e moradia dos médicos durante
todo o período do programa. Todos os profissionais serão supervisionados por
uma instituição de ensino e também pelas secretarias estaduais e municipais de
saúde.
O PROGRAMA – A primeira seleção do programa contou ainda
com a confirmação da participação de 1.096 médicos formados no Brasil,
totalizando 1.778 profissionais (682 estrangeiros). Como definido desde o
início do programa, os médicos com diploma do país tiveram prioridade nas
vagas. As vagas remanescentes foram oferecidas primeiramente aos brasileiros
graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros, que atuarão com
autorização profissional provisória, restrita à atenção básica e nas regiões
onde serão alocados pelo programa.
Lançado pela Presidenta da República, Dilma
Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de
melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os
investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o
número de médicos nas regiões carentes do país.
O Governo Federal está investindo, até 2014,
R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o
Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de
818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil
unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e
ampliação desses estabelecimentos de saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais
universitários.
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