O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (29), por
unanimidade, quatro projetos sugeridos pela Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Violência contra a Mulher, entre eles o que classifica a violência
doméstica como crime de tortura. A mesma proposta estabelece que também estará
incurso no mesmo crime quem, em qualquer relação familiar ou afetiva,
independente de coabitação, submete alguém à situação de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental como forma de exercer domínio.
Todos os projetos foram apresentados à presidente Dilma
Rousseff, na última terça-feira (24), durante cerimônia em que lhe foi entregue
a conclusão do relatório da CPI da Violência contra a Mulher. Além da
classificação da violência contra a mulher como crime de tortura, o Senado
aprovou o atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS) às mulheres
vítimas de violência, a garantia de benefício temporário da Previdência a elas
e a exigência de rapidez na análise do pedido de prisão preventiva para os
agressores.
Os projetos aprovados pelo Senado seguem agora para o
exame da Câmara dos Deputados. A CPI da Violência contra a Mulher realizou seu
trabalho durante um ano e seis meses e verificou que a ausência do Estado é um
dos fatores que causam a violência doméstica.
Outros três projetos relativos à segurança da mulher
foram encaminhados à Comissão de Constituição e Justiça. Entre eles, o que
estabelece o feminicídio (matar a mulher) como agravante de homicídio; o que
cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres e o que
destina parte dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional à manutenção de
casas de abrigo que acolham vítimas de violência doméstica. As informações são
da Agência Estado.
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