Crimes de guerra na Síria pioram com disputa por território, diz relatório da ONU

Paulo Sérgio Pinheiro, chefe da comissão internacional de investigação sobre a Síria para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, participa de coletiva de imprensa em Genebra. Investigadores de direitos humanos da ONU afirmaram nesta quarta-feira que forças do governo da Síria massacraram civis, bombardearam hospitais e cometeram outros crimes de guerra em ataques para recuperar território sob domínio de rebeldes neste ano. 3/06/2013. REUTERS/Ruben Sprich

Investigadores de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram nesta quarta-feira que as forças do governo sírio massacraram civis, jogaram bombas contra hospitais e cometeram outros crimes de guerra em ataques de larga escala neste ano com o objetivo de recuperar território dominado por rebeldes.


Forças da oposição, incluindo combatentes islâmicos estrangeiros, também perpetraram crimes de guerra, incluindo execuções, sequestros e bombardeio de bairros civis, disseram investigadores em seu último relatório, que cobre o período entre 15 de maio e 15 de julho.


"O autores dessas violações e crimes, de todos os lados, agem em desafio à lei internacional. Eles não temem reponsabilização. Respeito à Justiça é imperativo", disse um relatório que a comissão de investigação da ONU, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.

Especialistas independentes afirmam ter recebido denúncias sobre o uso de armas químicas "predominantemente por forças do governo... Com as evidências disponíveis agora, não foi possível chegar a uma descoberta sobre quais agentes químicos foram utilizados, seus sistemas de disseminação e os responsáveis. Investigações continuam", diz o relatório.

A equipe de cerca de 20 investigadores conduziu 258 entrevistas com refugiados, desertores e outros na região de Genebra, incluindo via Skype, para o 11º relatório em dois anos. Eles nunca tiveram a entrada na Síria permitida, apesar dos recorrentes pedidos.

O relatório pede uma solução política para a guerra civil na Síria e encoraja outros Estados a "interromper a transferência de armas tendo em vista o claro risco de que serão utilizadas para cometer sérias violação à lei internacional".

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