O governador e presidenciável Eduardo Campos
(PSB) declarou que não antecipará o anúncio acerca da definição de sua
candidatura ou não à Presidência da República, em 2014, em razão de pressões de
dirigentes políticos de partidos – da base governista e na oposição –, que
cobram uma posição imediata do socialista. O recado foi entendido como resposta
aos deputados federais e presidentes do PSDB em Pernambuco, Sérgio Guerra, e do
PPS nacional, Roberto Freire (SP), mas também ao PTB estadual, que tem o seu presidente
estadual e senador, Armando Monteiro Neto, candidato ao governo do estado.
Os petebistas têm forçado uma definição sobre
o nome à sucessão de Eduardo na Frente Popular, decisão que está diretamente
subordinada à sucessão residencial. “Ninguém precisa esperar o PSB”, afirmou o governador, ao ser indagado sobre
as cobranças dos dois lados.
O pós-comunista Roberto Freire o tucano
Sérgio Guerra cobraram do líder socialista uma posição agora sobre o seu futuro
político em 2014. Freire condiciona o apoio do PPS ao projeto presidencial de
Eduardo à decisão de assumir de imediato a candidatura, enquanto Sérgio Guerra
pediu que o governador assuma e adote um discurso de oposição à presidente
Dilma (PT). Um dos principais interlocutores entre PSB e PSDB, o tucano mantém
relação de amizade com Eduardo, mas, em entrevista ao Valor Econômico, afirmou
que “ele precisa resolver se é oposição ou
governo”.
Após o ato de assinatura da ordem de serviço
para restauração da PE-63, na sede do governo, no Centro de Convenções, Eduardo
demonstrou irritação com a cobrança. “Sérgio é dirigente de um partido da oposição.
É meu amigo, tenho com ele uma relação pessoal preservada, mas ele sabe da
minha posição. Há muito tempo não estamos no mesmo palanque”, rebateu.
Recados
Ao presidente do PPS, Roberto Freire, que
condicionou o apoio a seu nome em 2014 ao anúncio imediato da candidatura – o
pós-comunista estipulou prazo até 20 deste mês, sob pena de aderir a Aécio
Neves (PSDB-MG) –, Eduardo foi seco, reafirmando a dinâmica própria dos
socialistas. “Respeitamos a posição de cada partido. Tem
gente que acha que devo decidir amanhã, tem gente que acha que devo decidir no
próximo mês e tem gente que acha que precisa cuidar do Brasil, cuidar de fazer
estrada, escola e da saúde. Eu fui eleito para cuidar dessas coisas e eu vou
cuidar disso agora”,
concluiu. Em relação ao PTB e ao senador Armando Monteiro Neto, Eduardo tem
evitado recados direitos, deixando as respostas nas entrelinhas. (Fonte: JC
Online)
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