A Petrobras irá divulgar o balanço auditado de suas
demonstrações contábeis na próxima quarta-feira (22), conforme nota publicada
em seu site. Segundo especialista consultado pelo Jornal do Brasil, o resultado
pode não ser positivo.
O risco de haver um resultado ruim se dá por conta dos
prejuízos em decorrência dos desvios de dinheiro deflagrados pela Operação Lava
Jato, que podem entrar na conta final, mas que podem dar certeza ao investidor
de que pelo menos todos os danos foram descontados.
Analistas também admitem que o resultado pode não ser bom
por conta dos mercados interno e externo e há expectativa de que a Petrobras,
empresa responsável por pelo menos 60% dos investimentos realizados no Brasil,
exija mais atenção do governo nos próximos meses. As fontes consultadas pelo JB
avaliam que a empresa poderia não ter tanta verba disponível para ampliar
investimentos no campo do Pré-sal e que, apesar de fundamental, participação da
Petrobras nos campos de petróleo poderia ser aberta a outras empresas
exploradoras da commodity.
Mesmo com a possibilidade de um resultado negativo na
divulgação do balanço, o noticiário tem trazido boas notícias sobre a empresa
nos últimos meses. No começo de abril, a petroleira anunciou acordo com o Banco
de Desenvolvimento da China para receber um empréstimo de US$ 3,5 bilhões, o
que deve trazer um alívio às contas da maior estatal brasileira.
No mercado financeiro, a empresa também mostra, aos
poucos, recuperação de seu valor. Desde que Aldemir Bendine assumiu a
presidência da empresa, no dia 6 de fevereiro, os ADR's (american Depositary
Receipts) e as ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) da empresa já
apresentam valorização de mais de 40%.
No caso dos ADR's, que são cotados em dólar, as
valorizações flutuaram em torno do câmbio. Em 6 de fevereiro, os certificados
de depósito tinham preço de US$ 6,54, o que, com o dólar cotado a R$ 2,77,
custava R$ 18,11. Atualmente, com a cotação do dólar a R$ 3,01, os ADR's custam
US$ 8,68 (R$ 26,11). Valorização de 44%.
O mesmo ocorreu com as ações na Bolsa de Valores de São
Paulo (Bovespa). Os papéis preferenciais (PETR4) e ordinários (PETR3) custavam
R$ 9,12 e R$ 9,03, respectivamente. Nesta quinta (15), fecharam cotados a
R$12,98 e R$ 13,28. Altas de 42% e 47%, respectivamente.
Como todas as empresas do setor, as ações da Petrobras
sofrem variações de acordo com a cotação do barril do petróleo, que tem os
piores preços desde a crise de 2008. No período de fevereiro até a atualidade,
o preço do barril em reais manteve valor praticamente estável em torno dos R$
177.
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