A União Europeia (UE) decidiu triplicar os fundos destinados as suas
operações de busca e resgate no Mediterrâneo para enfrentar os
naufrágios de navios repletos de imigrantes que tentam chegar à Europa.
"Queremos agir rápido, o que significa triplicar os recursos
financeiros" da operação, declarou a chanceler alemã Angela Merkel após
uma cúpula extraordinária em Bruxelas. O montante destinado passará de
três a nove milhões de euros por mês.
"Nós triplicamos a Triton, enquanto a proposta era dobrar", ressaltou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Ele indicou que os líderes europeus haviam anunciado um aumento de suas
contribuições, com mais navios que vão patrulhar o Mediterrâneo, mas
também aviões, helicópteros e pessoal.
Merkel confirmou que a Alemanha estava preparada para disponibilizar
dois navios. A França também anunciou a disponibilidade de dois navios, e
a Bélgica um.
"É importante que avancemos em todos os elementos para que, se
possível, uma nova tragédia não volte a acontecer", acrescentou ela.
Sobre o mandato da Triton, Merkel indicou que não houve uma expansão do
campo operacional, "mas nós provavelmente precisaremos discutir isso
novamente", admitiu.
Em relação ao acolhimento dos requerentes de asilo, Merkel disse que os
28 países membros não "estabeleceram metas, porque acreditamos que
5.000 não é suficiente".
Os países também concordaram em "apoiar a proposta da Comissão para
testar uma distribuição dos imigrantes em caso de necessidade",
acrescentou ela.
Por sua vez, o presidente francês François Hollande anunciou que
pretende apresentar uma resolução na ONU para destruir as embarcações de
traficantes no mar Mediterrâneo.
"A decisão foi tomada para apresentar todas as opções para que os
navios sejam apreendidos, aniquilados", declarou Hollande. "Isso só pode
ser feito por meio de uma resolução do Conselho de Segurança e a França
tomará a iniciativa com outros", garantiu.
Hollande disse ainda que a França fará a sua parte para acolher os refugiados sírios, recebendo entre "500 e 700" pessoas.
"Após a publicação do número de 5 mil, a França fará a sua parte,
recebendo entre 500 e 700" refugiados sírios, declarou Hollande em
entrevista coletiva ao final da reunião em Bruxelas.
O número de 5 mil, que figurava no projeto de declaração da reunião
extraordinária ao qual a AFP teve acesso na véspera, não faz parte da
versão final do documento.
"Sobre a questão do acolhimento dos refugiados, especialmente
envolvendo pessoas que pedem asilo (...) a Comissão Europeia fez um
pedido, especialmente para os refugiados sírios, e haverá a contribuição
de cada país para garantir este dever de solidariedade", afirmou
Hollande.
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