Menos de três semanas depois
do pior terremoto no Nepal em 80 anos, o país foi atingido de novo na
terça-feira por um forte tremor de magnitude 7.3.
No meio da tragédia
desapareceu um helicóptero militar americano. Ainda não há notícias sobre o que
aconteceu. Eram seis fuzileiros navais americanos, dois nepaleses a bordo, que
viajavam para áreas mais remotas do Nepal para prestar ajuda humanitária às vítimas
do primeiro terremoto.
Antes do helicóptero
desaparecer, a tripulação relatou pelo rádio que estava com pouco combustível.
O número de mortos desse novo
tremor de terça-feira (12) está em 68, sendo que 17 vítimas são da Índia e uma
do Tibet, região controlada pela China. O terremoto foi forte, com magnitude de
7.3, mas liberou cinco vezes menos energia do que o anterior que teve
intensidade 7.8 e que provocou a morte de 8 mil pessoas em abril.
Os dois terremotos ocorreram
próximos à superfície terrestre, o que aumenta os estragos.
Quando a terra tremeu de novo
com força no Nepal, as pessoas saíram correndo para a rua, em desespero. O
Parlamento começou a balançar e a sessão foi interrompida. A lembrança da
tragédia causada pelo último grande terremoto ainda está muito fresca na
memória de todos.
"Estou tentando ligar
para casa, mas a linha dá ocupada, estou preocupada com minha família",
diz uma mulher.
Muitos moradores nem voltaram
para casa. Só ao ar livre parecem se sentir seguros e passaram a noite em
tendas montadas pelo Exército.
Não é um medo infundado.
Muitos prédios e casas, que já estavam com as estruturas abaladas depois do
primeiro terremoto, desabaram na terça-feira (12).
O tremor de magnitude 7.3
ocorreu às 12h35 do horário local, 3h50 da manhã no horário de Brasília. O
epicentro foi a 66 km a leste de Kathmandu. O do dia 25 de abril foi a 80 km a
noroeste da capital do Nepal.
O terremoto foi sentido também
no norte da Índia, no Tibet e em Bangladesh. Ele foi seguido por pelo menos dez
tremores secundários.
Esses tremores mais fracos são
comuns depois de um grande terremoto, mas a chance de ocorrer outro tremor
forte essa semana, depois daquele de 25 de abril, era de uma em 200.
"Na medida em que
acontece um grande terremoto a ideia é que o impacto sobre a crosta terrestre é
bastante forte e daí a grande maioria da energia já foi liberada no sismo
principal e os outros subsequentes vão liberando energia numa quantidade menor
até aquilo se estabilizar", explica José Roberto Barbosa, técnico em
sismologia da USP. (G1)
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