A Justiça Federal do Paraná começa, na próxima semana, a
ouvir as testemunhas de acusação de mais um processo da operação Lava Jato. Na
quinta-feira (14), o Ministério Público revelou que a soma da propina apurada
até agora passa de R$ 6 bilhões e anunciou uma nova leva de denúncias.
Desta vez o Ministério Público Federal denunciou 13 pessoas,
entre elas quatro ex-deputados federais. Três deles estão presos em Curitiba:
André Vargas, que era do PT e está sem partido, é acusado de desviar dinheiro
de contratos com a Caixa Econômica Federal e com o Ministério da Saúde; Luiz
Argolo, afastado do Solidariedade, que visitou o escritório do doleiro Alberto
Youssef 78 vezes; e Pedro Correa, que era do PP, acusado de receber propina na
conta do PP dentro do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
A filha
Pedro Correa, Aline Correa, do PP, também foi denunciada. Segundo os
procuradores, os quatro receberam quase R$ 3,5 milhões de dinheiro desviado.
Eles são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e
peculato.
“Hoje
estamos ingressando pela primeira vez num quarto núcleo, que é o núcleo dos
agentes políticos”, disse o procurador da República, Deltan Dallagnol.
Os
procuradores do Ministério Público Federal também
anunciaram o bloqueio de mais de R$ 500 milhões de três empreiteiras. Nesta
sexta-feira (15), o juiz Sergio Moro encerra a fase de interrogatórios dos réus
de vários processos que envolvem empreiteiras e funcionários da Petrobras.
Na semana
que vem, começam as audiências de testemunhas de acusação, de mais um processo
contra o doleiro Alberto Youssef,
e outros 26 réus, entre eles João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, e Renato
Duque, ex-diretor da área de serviços da Petrobras.
O
advogado de Alberto Youssef disse que não vai comentar o caso, pois não teve
conhecimento das denúncias. A defesa de Pedro Correa e Aline Correa alega que
não teve acesso ao processo, mas entende que ele deveria ser de competência do Supremo Tribunal Federal.
A advogada de André Vargas também disse que não teve acesso. A equipe do Jornal
Hoje não conseguiu localizar o advogado de Luiz Argolo. (g1)
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