A CPI da Petrobras ouviu,
nesta terça-feira (5), o ex-diretor Paulo Roberto Costa pela quarta vez.
Paulo Roberto Costa chegou
escoltado por policiais. Logo no início do depoimento, fez um desabafo:
"Espero que seja uma oportunidade para o Brasil passar a limpo uma série
de coisas, em todos os níveis. Nada disso teria acontecido se não fossem alguns
maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez".
O deputado Ivan Valente, do
PSOL, leu os nomes dos 52 políticos investigados na Operação Lava Jato. Paulo
Roberto confirmou que esteve em situações irregulares com pelo menos 29
políticos: 13 do PP, oito do PMDB, cinco do PT, dois do PSB e um do PSDB. Pouco
antes, ele já havia citado nomes de políticos investigados.
Deputado: Quem foi o
verdadeiro mentor de tudo isso?
Paulo Roberto Costa: Do PP, começou com o deputado José Janene, prosseguiu depois com o deputado Mário Negromonte, prosseguiu depois com o senador Ciro Nogueira. Do PMDB, senador Renan Calheiros, deputado Aníbal Gomes. Do PT tive contato e ações com o senador Lindberg, com o senador Humberto Costa, Pernambuco.
Paulo Roberto Costa: Do PP, começou com o deputado José Janene, prosseguiu depois com o deputado Mário Negromonte, prosseguiu depois com o senador Ciro Nogueira. Do PMDB, senador Renan Calheiros, deputado Aníbal Gomes. Do PT tive contato e ações com o senador Lindberg, com o senador Humberto Costa, Pernambuco.
Depois, mencionou mais dois
nomes do PMDB. "Senador Romero Jucá, tivemos contato com ele. Também, o
ministro Edison Lobão", disse Paulo Roberto Costa.
O ex-diretor também falou
sobre a crise financeira da Petrobras. Na avaliação dele, o maior problema não
foi a corrupção, mas a gestão dos últimos anos, que segurou os preços dos
combustíveis e provocou um rombo, de pelo menos R$ 60 bilhões.
“A Lava Jato, com R$ 6
bilhões dá 10%, 10% do rombo da Petrobras. O maior problema da Petrobras não é
a Lava Jato, é a gestão que fazem da companhia”, afirma Paulo Roberto Costa.
Paulo Roberto também fez
críticas ao atual sistema de financiamento de campanhas políticas, o modelo
que, segundo ele, favoreceu a corrupção na Petrobras.
“Não existe almoço de graça.
Se as empresas estão doando valores, por que que elas doariam? Por que uma
empresa de capital privado ou uma empresa que tenha ações em Bolsa vai doar R$
10 milhões, 15 milhões, 20 milhões para uma campanha eleitoral? Por que? Qual o
motivo? Se ela não tiver algum motivo na frente para cobrar isso? Por que?”,
defende Paulo Roberto Costa.
Todos os políticos
investigados na Operação Lava Jato têm negado participação no esquema de desvio
de dinheiro da Petrobras. (fonte G1)
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