A Petrobras divulgou nesta sexta-feira (15) que terminou o primeiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 5,33 bilhões. O resultado representa uma queda de 1% em relação ao lucro de R$ 5,393 bilhões registrado no mesmo período de 2014. Este é o pior resultado para um primeiro trimestre desde 2007, quando a empresa registrou lucro de R$ 4,1 bilhões.
No quarto trimestre do ano
passado, a companhia teve prejuízo de R$ 26,6 bilhões.
O lucro ajustado antes de
juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou
em R$ 21,518 bilhões de janeiro a março de 2015, crescimento de 50% sobre um
ano antes.
Este foi o primeiro balanço
da gestão de Aldemir Bendine, sucessor de
Graça Foster na presidência da Petrobras. Graça e outros cinco
diretores renunciaram a
seus cargos em fevereiro.
A Petrobras está no centro
das investigações da operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O esquema, segundo
a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as
autoridades policiais, e movimentou cerca de R$ 10 bilhões.
A empresa destacou que
houve, no trimestre, o efeito integral dos reajustes de
5% no preço do diesel e de 3% no preço da gasolina ocorridos em 7 de
novembro de 2014. Também influenciaram no resultado os menores custos de vendas
por conta da redução dos gastos com importação de petróleo.
Questionado sobre possíveis
novas altas no preço dos combustíveis durante entrevista coletiva realizada no
Rio de Janeiro após a divulgação dos dados, Ivan de Souza Monteiro, diretor
financeiro, afirmou que “a companhia vai operar preços competitivos e de
mercado o tempo inteiro”.
Os investimentos totalizaram
R$ 17,8 bilhões, 13% inferior aos do 1º trimestre de 2014.
O foco dos investimentos foi
o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que recebeu 79% dos recursos,
com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva.
O lucro operacional foi de
R$ 13,3 bilhões, 76% superior ao do primeiro trimestre do ano passado,
principalmente devido ao crescimento da produção de petróleo e gás.
Além disso, diz a estatal, o
resultado do 1º trimestre de 2014 sofreu impacto do provisionamento de gastos
com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões), o que
não se repetiu em 2015.
No trimestre, houve redução
da receita com exportações, influenciada pela queda no preço do petróleo, além
da queda de 10% nas vendas no mercado interno devido à sazonalidade do consumo
e ao menor nível de atividade econômica, segundo a Petrobras. A baixa da
demanda foi de 10% para o diesel e de 11% para a gasolina. (g1)
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