Um grave acidente de carro ocorrido nesta madrugada (24)
causou a morte do cantor e compositor sertanejo Cristiano Araújo, de 29 anos, e
de sua namorada, Allana de Moraes, de 19 anos. Segundo informações preliminares
da Polícia Rodoviária Federal, existe a possibilidade de que eles não
estivessem usando cinto de segurança, já que ambos foram arremessados para fora
do veículo.
O cantor e a namorada viajavam no banco traseiro. Os dois
ocupantes dos bancos dianteiros, o empresário Victor Leonardo e o segurança
Ronaldo Ribeiro, que dirigia o Land Rover, tiveram apenas ferimentos leves,
aumentando as suspeitas de que eles estivessem sem cinto atrás. O SUV em que
estavam saiu da pista e capotou por volta das 3h da manhã em uma rodovia no sul
de Goiás.
Vale lembrar que o uso do cinto é obrigatório no Brasil
para todos os ocupantes do veículo, sendo responsabilidade do condutor garantir
que todos estejam com o equipamento de segurança antes de colocar o carro em
movimento. Contudo, uma pesquisa divulgada pela Artesp (Agência de Transporte
do Estado de São Paulo) no início do ano apontou que 53% dos passageiros no
banco traseiro não fazem uso do dispositivo.
Peso pode aumentar 35 vezes em acidente
Que ele é obrigatório, a maioria dos brasileiros já sabe.
O que muitos ainda não sabem é da sua capacidade de salvar vidas. Em um
acidente, os passageiros são projetados para a frente com o peso
consideravelmente aumentado, podendo pesar até 35 vezes mais. Segundo o Cesvi
(Centro de Experimentação e Segurança Viária), em uma batida a 50 km/h, um
adolescente de 50 kg é arremessado sobre os bancos dianteiros com um peso de
aproximadamente 1,25 tonelada. Imagine essa proporção para um adulto de 70 kg
em uma colisão na estrada a 120 km/h. Além dos danos para quem está atrás,
existe ainda risco de ferimentos graves também para quem vai na frente, que
pode ser esmagado contra o cinto de segurança, o painel ou o volante.
Ainda de acordo com a pesquisa da Artesp, de 2012 até
outubro de 2014, 69,4% dos ocupantes que viajavam no banco traseiro e morreram
em acidentes em rodovias estavam sem o cinto. No banco dianteiro, as vítimas
fatais sem cinto são 38,4%. Já entre os motoristas o índice é de 50,1%.
Pensando em reverter esse quadro, a entidade está fazendo
uma campanha por todo o Estado com um simulador de impacto. O equipamento passa
às pessoas a sensação que teriam – e a força que sentiriam - em um acidente a 5
km/h. O simulador já passou por 26 municípios de São Paulo.
Não usar o cinto de segurança é uma infração grave, sujeita
a multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de motorista. Em uma época em
que os carros estão cada vez mais equipados, com cintos de três pontos para
todos os ocupantes, sistema isofix para cadeiras infantis, até oito airbags e
sistemas modernos anticolisão, toda a tecnologia perde a sua utilidade se as
pessoas não fizeram bom uso dela. Ou nem usarem.
A Artesp informou que as autuações feitas pela Polícia
Militar Rodoviária em decorrência da falta de uso do cinto de segurança vem
crescendo no Estado de São Paulo. Foram emitidas 99.520 multas por esse motivo
entre abril e dezembro de 2012, subindo para 125.072 em 2013 e para 179.916 de
janeiro a outubro de 2014. (fonte: regiaonoroeste)
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