Governador Paulo Câmara utiliza rede social para expor o repúdio a reportagem publicada pelo JC Online

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Amigas e amigos,

Hoje fui vítima do mau jornalismo. Não é a primeira vez que distorcem minhas falas e as tiram do contexto. O JC Online trouxe reportagem em que se repete essa distorção, criando, irresponsavelmente, uma falsa polêmica sobre o estupro, assunto tratado com a maior seriedade pelo Governo do Estado.

Na última quinta-feira (15/9), em entrevista no Palácio do Campo das Princesas, um repórter do JC me questionou, tendenciosamente, sobre nota da Polícia Militar com "recomendações às mulheres" para evitar casos de violência. Outros repórteres estavam presentes na ocasião e nenhum publicou essa abordagem inverídica, nem o próprio JC na sua versão impressa.


Em primeiro lugar, a nota da PM não se refere especificamente às mulheres. Ao contrário, a nota é bem clara quando diz que "o estupro pode ocorrer de homem contra mulher, homem contra homem, mulher contra homem e mulher contra mulher". Tratou-se, portanto, de uma alerta feito à toda população pernambucana, independentemente de gênero ou identidade de gênero.

Determinei hoje à Secretaria de Defesa Social e à Secretaria da Mulher que realizassem, conjuntamente com Polícia Militar, a revisão do texto “Dicas de segurança e comportamento” de prevenção para casos de violência sexual. Dois dos nove itens contidos na nota da PM foram retirados pois não representam a posição do nosso Governo.

Desautorizo firmemente qualquer ação que vá de encontro à liberdade das pessoas em exercer livremente o seu direito de ir e vir. Não concordamos com a normatização da conduta e do comportamento das pessoas, sejam homens ou mulheres.

O JC Online causou um dano injusto e irresponsável. Respeitamos o bom jornalismo, que é um dos pilares da democracia. Porém, o mau jornalismo presta um desserviço à população e corrói o que há de melhor nas pessoas: a boa fé, induzindo-as ao erro pela informação distorcida.

Paulo Câmara
Governador de Pernambuco

Recife, 15 de setembro de 2016.

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