Um novo apelo pelo cuidado com o meio ambiente,
ressaltando o papel das religiões nessa tarefa. Esse foi o tom do discurso que
o Papa Francisco fez aos participantes do encontro “América em diálogo – nossa
casa comum”, recebidos em audiência nesta quinta-feira, 8.
O evento é promovido pela Organização dos Estados
Americanos em conjunto com o Instituto de Diálogo Inter-religioso de Buenos
Aires e colaboração do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. A
primeira edição do encontro foi centralizada sobre o estudo da encíclica
Laudato sì, documento em que Francisco fala do cuidado com o
meio ambiente.
O Pontífice lembrou hoje que as religiões têm um
papel muito importante nessa tarefa de promover o cuidado e o respeito com o
meio ambiente, sobretudo a ecologia integral. “É fundamental a cooperação
inter-religiosa, baseada na promoção de um diálogo sincero e respeitoso. Se não
existe respeito recíproco não existirá diálogo inter-religioso”.
O Santo Padre enfatizou que cada pessoa que crê é
uma defensora da criação e da vida, de forma que não pode ficar muda ou de
braços cruzados diante de tantos direitos aniquilados impunemente. “O homem e a
mulher de fé são chamados a defender a vida em todas as suas etapas, a
integridade física, as liberdades fundamentais, como a de consciência, de
pensamento, de expressão e de religião”.
Condenar o terrorismo
Francisco observou que, tantas vezes, o nome da
religião é usado para cometer atrocidades, como o terrorismo, e, por
consequência, as religiões são marcadas como responsáveis por esse mal. “É
necessário condenar de forma conjunta essas ações abomináveis e se distanciar
de tudo que busca envenenar a alma e destruir a convivência”.
Por isso mesmo são importantes encontros como esse.
“É necessário partilharmos as dores e as esperanças, para podermos caminhar
juntos, cuidando um do outro e também da criação, em defesa e promoção do bem
comum. Que bom seria deixar o mundo melhor do que como o encontramos”.
Lembrando o Jubileu da Misericórdia em vigor, o
Papa manifestou o desejo de que esta ocasião possa abrir espaços de diálogos
para ir ao encontro do próximo e lutar para que a casa comum seja lugar onde
ninguém seja excluído.
E ao final do discurso, deixou um convite aos
participantes: que trabalhem para impulsionar iniciativas conjuntas, a fim de
que todos se conscientizem sobre o cuidado e a proteção da casa comum,
construindo um mundo cada vez mais humano, onde ninguém sobra.
Fonte: Canção Nova
Reprodução
da Notícia: Pascom-PSG
Comentários
Postar um comentário
Forneça seu Nome (Obrigatório) e os comentarios que tiverem ofensas,serão deletados