A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e
apreensão na empresa AudioMix, em Goiânia, nesta terça-feira (20). A ação
é parte da operação Maus Caminhos, da PF do Amazonas, que visa desarticular uma
organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 112 milhões do Fundo
Estadual de Saúde do Amazonas.
Também é alvo de busca a casa do dono da AudioMix, Marcos
Araújo. Segundo a PF, a empresa era utilizada pelo alvo principal do esquema
desarticulado pela Maus Caminhos, o empresário Mohamad Mustafa, para lavar
dinheiro oriundo dos desvios milionários da área de Saúde do Amazonas.
A AudioMix é uma empresa especializada no gerenciamento
da carreiras de grandes nomes da música pop e sertaneja no Brasil. Entre eles,
Wesley Safadão, Jorge e Mateus, Guilherme e Santiago, Israel Novaes e outros.
“Com sede na cidade de Goiânia (GO), que é considerada o berço da música
sertaneja, a AudioMix conta com empresas coirmãs, abrangendo praticamente todas
as áreas do show business, permitindo a realização de serviços especializados e
direcionados ao perfil de cada um dos artistas. As empresas coirmãs são:
AudioMix Eventos, AudioMix Digital, AudioMix Records, Grantur e Tic Mix, todas
voltadas ao segmento artístico, facilitando o atendimento junto a parceiros e
contratantes de shows”, diz o site da empresa.
“AudioMix é uma empresa goiana que trabalha com produção,
planejamento, marketing, vendas, gestão de carreira e realização de shows no
Brasil e no exterior. O sonho de Marcos Araujo, o ‘Marquinhos’ como é conhecido
no show business, começou a se concretizar no ano de 2000, quando o empresário
idealizou este projeto e colocou em pratica suas ideias arrojadas e inovadoras,
o que fez se destacar no mercado, por isso hoje a Audio Mix é considerada a
maior empresa de gerenciamento artístico na música brasileira”, completa o site
oficial da empresa.
A Maus Caminhos cumpre 13 mandados de prisão preventiva,
04 mandados de prisão temporária, 03 conduções coercitivas, 41 mandados de
busca e apreensão, 24 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e
jurídicas (aproximadamente R$ 30 milhões), 31 mandados de sequestro de bens
móveis e imóveis (aproximadamente R$ 50 milhões), todos expedidos pela Justiça
Federal do Amazonas.
Por meio de uma entidade social sem fins lucrativos, o
Instituto Novos Caminhos (INC), o grupo driblava os procedimentos licitatórios
do setor de Saúde estadual e contratava empresas prestadoras de serviços
utilizadas para desviar valores a serem investidos no atendimento à população.
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