O objetivo da chamada tropa de choque de Cunha é colocar
em votação um projeto de resolução que é passível de emendas, e propor apenas a
suspensão temporária do mandato do peemedebista, no período de 90 a 180 dias.
Em reunião ontem, técnicos da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara disseram a
Maia que o correto seria votar o parecer, seguindo o rito adotado desde 2004.
“Analisando o regimento da Câmara, o natural é que a Casa mantenha o mesmo rito
das votações anteriores”, disse Maia que, em seguida, afirmou que a palavra
final ficará com os deputados. “As questões de
ordem serão apresentadas e
discutidas e avaliadas e deferidas ou indeferidas na hora da sessão. Não posso
tratar de teses. (…) Todas as decisões serão tomadas pela maioria do plenário.
Não haverá decisão monocrática.”
A depender da decisão do plenário, a votação não será
concluída na próxima semana. Os deputados podem apresentar recurso a qualquer
decisão de Maia e pedir efeito suspensivo. Pelo menos um terço dos deputados
deve concordar em colocar o efeito suspensivo em votação. Se aprovarem o
dispositivo por maioria simples, suspende-se a votação e o recurso é levado à
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que terá três sessões para emitir
parecer sobre a decisão de Maia. Só então, o processo retorna ao plenário.
A sessão está marcada para as 19h de segunda-feira (12).
O presidente disse que só iniciará a votação com, ao menos, 420 deputados
presentes, mas espera que 460 parlamentares compareçam. Disse também que, se
for preciso, a sessão será estendida ao longo dos próximos dias. “Não sei se
vai tão longe, mas se tiver que virar a madrugada, vira a madrugada”, afirmou.
(CB)
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