A
deputada Cristiane Brasil, do PTB, nomeada para o Ministério do
Trabalho, e que até agora não conseguiu assumir, está sendo
investigada num inquérito por suposta associação ao tráfico de
drogas.
A Polícia Civil do Rio
começou a investigar o caso em 2010 a partir de uma denúncia. A
informação foi publicada, neste sábado (3), pelo jornal O Estado
de São Paulo e confirmada pela TV Globo.
Assessores de Cristiane
Brasil, do PTB, são suspeitos de terem dado dinheiro a traficantes
em troca do "direito exclusivo" de fazer campanha eleitoral
em Cavalcanti, na Zona Norte da cidade. O autor da denúncia também
disse que presidentes de associações do bairro foram levados para
conversar com o chefe do tráfico na região por estarem se recusando
a trabalhar para a deputada.
Em 2010, Cristiane
Brasil era vereadora licenciada e ocupava a Secretaria Especial de
Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, da Prefeitura do Rio.
Na época, ela não se candidatou, mas apoiou a candidatura do
deputado estadual Marcus Vinicius, também do PTB, ex-cunhado de
Cristiane Brasil.
A investigação, que
apura o suposto crime de associação para o tráfico, ficou quase
oito anos na Delegacia de Combate às Drogas do Rio. O Ministério
Público Estadual informou que recebeu o inquérito oito dias atrás.
Como a deputada tem foro privilegiado, o inquérito foi enviado ao
Ministério Público Federal na última quinta-feira (1). E deve ser
encaminhado à Procuradoria-Geral da República nesta segunda (5).
A assessoria de Cristiane Brasil informou que a deputada não gravaria entrevista. Em nota, Cristiane afirmou que o inquérito foi aberto baseado em uma denúncia anônima durante a campanha de 2010. Disse também que não foi ouvida no inquérito e nega veementemente que tenha tido contato com qualquer criminoso. A deputada afirmou ainda que estranha o encaminhamento ao Ministério Público Federal, justamente, agora, que foi nomeada para assumir o Ministério do Trabalho.
A assessoria de Cristiane Brasil informou que a deputada não gravaria entrevista. Em nota, Cristiane afirmou que o inquérito foi aberto baseado em uma denúncia anônima durante a campanha de 2010. Disse também que não foi ouvida no inquérito e nega veementemente que tenha tido contato com qualquer criminoso. A deputada afirmou ainda que estranha o encaminhamento ao Ministério Público Federal, justamente, agora, que foi nomeada para assumir o Ministério do Trabalho.
Em entrevista ao Jornal
Folha de São Paulo, o Presidente Nacional do PDT e pai de Cristiane
Brasil, Roberto
Jefferson, disse que não desistirá da nomeação de sua filha e
que ela não vai sair de bandida.
Desde o início do ano,
Cristiane Brasil vem se envolvendo em polêmicas. Ela foi nomeada
Ministra do Trabalho pelo presidente Michel Temer, mas teve a posse
suspensa pela Justiça Federal de Niterói. Um grupo de advogados
argumentou judicialmente que Cristiane Brasil não atende ao
requisito da moralidade administrativa, previsto na Constituição.
Ela já respondeu a duas ações trabalhistas, por não assinar a
carteira de motoristas particulares. Numa delas foi condenada a pagar
indenização. Na outra, fez acordo.
No início da semana, a
deputada federal divulgou um vídeo numa rede social falando sobre os
motivos que vem impedindo a posse dela como ministra do Trabalho.
A Advocacia Geral da
União já recorreu e perdeu vários recursos. Acionou o Superior
Tribunal de Justiça, que liberou a posse. Mas, a presidente do
Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, suspendeu a posse
novamente numa decisão liminar.
Cristiane Brasil pediu a
revogação. Agora, uma decisão definitiva pode ser tomada pela
ministra Cármen Lúcia ou pelo plenário do STF.
A assessoria de
Cristiane Brasil afirmou também que, se o inquérito ficou parado,
as responsabilidades devem ser apuradas. E que não se pode aceitar
que investigações sejam engavetadas e movimentadas ao sabor das
conveniências das autoridades para atingir a honra de agentes
públicos.
A Polícia Civil do Rio
disse que o caso está sob sigilo e por isso não pode comentar a
respeito.
A assessoria do deputado
Marcus Vinícius declarou que ele prestou esclarecimentos em 2010
sobre a denúncia anônima feita, de acordo com ele, por motivações
políticas de algum adversário. Disse ainda que as acusações não
foram comprovadas, e que nunca houve denúncia criminal contra ele.
fonte: g1.com
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