No dia seguinte ao anúncio do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre novas colônias que dividirão a Cisjordânia em duas, a ONU se reuniu para uma votação não vinculativa que estabelece a vontade das Nações Unidas de reconhecer formalmente um Estado palestino. O texto, elaborado pela França e pela Arábia Saudita, obteve 142 votos a favor, 10 contra, além de Israel e Estados Unidos, também a Argentina e a Hungria, e
12 abstenções. Uma decisão não vinculativa e simbólica que “condena os ataques perpetrados em 7 de outubro contra civis” e afirma que “o Hamas deve entregar as armas e libertar todos os reféns” detidos em Gaza. A chamada “Declaração de Nova York” é um prelúdio para a próxima Assembleia das Nações Unidas, em 22 de setembro, que reunirá no Palácio de Vidro os chefes de Estado do mundo. Nessa ocasião, o presidente francês Emmanuel Macron prometeu reconhecer o Estado da Palestina.A reação de Israel
A resposta do governo de Netanyahu foi categórica, definindo a votação das Nações Unidas como “vergonhosa” e “a favor do Hamas”. “Trata-se de uma sugestão que ignora completamente a realidade”, declarou o embaixador israelense na ONU, Danny Danon. “É uma declaração unilateral que abrevia a mentira de nossos vizinhos e apoia o Hamas”.
O Mossad intervém sobre o ataque no Catar
Por sua vez, novos elementos emergem sobre o ataque israelense na terça-feira, 9 de setembro, em Doha, no Catar. O Mossad, agência de inteligência israelense, declarou ter rejeitado o plano para assassinar os líderes do Hamas reunidos no país para dar continuidade às negociações. De acordo com o Washington Post, o diretor do Mossad, David Barnea, teria se recusado a implementar a operação planejada pelo governo israelense, que previa o uso de agentes em campo para assassinar os líderes do Hamas presentes na reunião. Segundo a agência de inteligência, a ação poderia romper o relacionamento estabelecido com as autoridades do Catar, que haviam hospedado o grupo islâmico e mediado as negociações de cessar-fogo. O ponto de discórdia, portanto, não é o objetivo de eliminar o Hamas, mas o momento da operação. Por outro lado, o chefe da Casa Branca recebeu no sábado, 13 de setembro, em Washington, o xeque catariano Al Thani na tentativa de serenar as relações com o país.
Continua a ofensiva sobre a cidade de Gaza
No mesmo dia, os ataques israelenses continuaram incessantes e mataram mais de 30 pessoas em toda a cidade de Gaza, entre elas — segundo fontes médicas — 12 crianças. Mais de 1.800 edifícios teriam sido destruídos ou gravemente danificados pelos bombardeios. Ao norte da cidade de Gaza, em Jabalya, o exército israelense arrasou mais de 750 edifícios. As imagens captadas para a pesquisa mostraram que a destruição foi causada por demolições realizadas por terra de forma capilar, quarteirão por quarteirão.
Fonte: vaticannews.va
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